quarta-feira, 3 de novembro de 2010

A presidente ou A PRESIDENTA???

Do ponto de vista da linguística, tanto faz.
No nosso português do Brasil podemos, tanto adotarmos a desinência de gênero "a", dando uma versão feminina ao substantivo - a presidentA em oposição a o presidentE, como nos valermos da forma comum aos dois gêneros - o presidente ou a presidente - que, no senso comum, tem sido a mais utilizada.
É interessante observar que, embora as correntes que defendem fortemente as questões de igualdade de gênero em todos os campos, inclusive no linguístico, façam movimentos para abolirem a forma comum aos dois gêneros que elegeu o masculino como regra, o uso de versões femininas como "chefa" e "presidenta", muitas vezes soam como erro no emprego da língua ou até como deboche.
Entretanto, como já dito no início deste post, não há erro. Trata-se apenas de uma questão de estilo.
Já ouvi nossa presidente eleita (eu pefiro presidente) usar as duas versões. O mesmo foi feito pelo presidente Lula durante a inflamada campanha que fez para ela.
Ficamos agora no aguardo de qual será a escolha definitiva de Dilma.

domingo, 24 de outubro de 2010

Será o fim do sonho com a Triplice Coroa?

Quando parecia que o Santos tinha a chance de se aproximar do líder Fluminense, que hoje empatou com o Atlético PR, o peixe inacreditavelmente perde para o lanterna do campeonato, o Grêmio Prudente.
Depois de fazer 2X0, em casa, o time da Vila Belmiro deixou o de Presidente Prudente não só virar, mas manter a virada com dois jogadores a menos. Dois zagueiros, diga-se de passagem. Ainda teve uma ajudinha do Neymar, que novamente perdeu um pênalti. Assim o Corinthians se distancia do peixe e chega mais perto da liderança...

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Há muita vida no deserto!

Pelo menos no Deserto do Atacama. Desde a meia-noite de ontem estou acompanhando a operação de resgate dos 33 mineiros soterrados há 69 dias em uma mina. Confesso que esperava ver homens debilitados, sujos e fracos saindo da sonda improvisada, se é que se pode dizer isso de um artefato que conseguiu resgatar 33 vidas, para a o resgate. Exatamente agora, 22:59h, foi resgatado o último mineiro. E o que vi ao longo de toda noite e o dia de hoje foram homens felizes, gratos, fortes e muitas vezes até mesmo eufóricos. Depois de mais de dois meses vivendo em um ambiente úmido, quente e escuro, surgem seres humanos capazes de se barbear para encontrar suas famílias e em condições de empunharem as bandeiras dos times de seus corações perante toda a imprensa mundial. De onde vem tanta força? O que não os deixou enlouquecer? É certo que houve um apoio psicológico, envio de comida... mas também é fato que antes de serem localizados, ficaram os 33 por 17 dias vivendo, ou melhor, sobrevivendo, com uma escassez e privação absurdas. Questões de gênero à parte, fico me perguntando se fossem 33 mulheres ali se teriam sobrevivido. Depois do sucesso do resgate, vale essa pimentinha! O segundo mineiro a ser resgatado, Mário Sepúlveda, trouxe pedras do fundo da mina como presentes e puxou um grito de guerra que se tornou constante a cada chegada de um novo resgatado. Que me perdoem os nativos aymaras, mas depois de hoje, o deserto passa a ser desses mineiros. Daqui a muitos anos, outros povos hão de ver as escritas e desenhos por eles deixados nas rochas do Atacama. "As Veias Abertas..." de Galeano ganharam um novo capítulo, que tanto pode ser contado sob o prisma das más condições de trabalho dos mineiros quanto pela resiliência, capacidade de organização, fé e tenacidade de 33 seres humanos. Por hoje, eu prefiro a segunda opção.

sábado, 9 de outubro de 2010

O que me faz correr

Por quê, pra quê e pra quem? Outro dia vi uma entrevista do Lenine em que ele revelou que seu pai sempre o incentivava a fazer essas três perguntas no momento em que tinha que decidir fazer algumas coisas na vida. Parece simples, mas tente. Confesso que, sobre alguns aspectos de minha vida, não tive resposta para alguma ou para todas as perguntas. Ou as respostas não me foram satisfatórias. Mas há uma semana com o pé quebrado e triste por não poder treinar, resolvi fazer o exercício das três questões. Putz, como é fácil responder sobre aquilo que se tem certeza. Por quê? Porque há muito tempo (eu devia ter uns dez anos, então... há muito tempo mesmo) assisti a um filme na sessão da tarde em que uma mulher dava umas passadas pela manhã. Nem me lembro sobre o que era o filme. Não sei o nome da atriz, nem do ator, nem o nome do filme, nem nada. Absolutamente nada, a não ser que ela dava uma corridinha pela manhã. Duas cenas, não mais. Mas foi o que ficou. Achei lindo. Achei que ela era feliz naquele momento e quis ser feliz como ela. Só bem mais tarde fui colocar essa busca de felicidade por este meio em prática, mas a cena sempre povoou minhas lembranças. Ok, em frente. Pra quê? Fácil. Tudo a ver com a primeira resposta: pra ser feliz. Quando corro, nos primeiros vinte minutos a cabeça parece muito cheia e o balanço das passadas parece fazer os pensamentos e problemas borbulharem, se agitarem. Mas à medida que continuo, parece que com o movimento as coisas chatas vão caindo, escorregando, vão se esvaindo e dão lugar a planos maravilhosos, revigorantes para o futuro. Ao final da corrida, por mais estranho que possa parecer, estou mais inteira, mais pronta pra vida. A última pergunta, pra quem? Mais fácil ainda. Pra mim e pra todos que convivem comigo por opção ou obrigação. Depois de correr fico melhor comigo e com todos. Não Sartre, "o inferno não são os outros"! Inferno é ter que ficar 45 dias sem treinar!!!

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

É preciso que os sonhos morram para que a realidade ganhe vida!

Reflexão filosófica? Talvez sim. Mas é a mais pura verdade. Sonhar é ótimo e necessário, pelo menos pra mim, mas em algum momento precisamos realizar. Isso significa matar alguns sonhos para que haja espaço para outros novos. E assim traçamos os ciclos de realizações e desenhamos a estrada de nossos passos por esta vida. Só não cheguei ainda à conclusão se é melhor sonhar ou realizar.

sábado, 21 de agosto de 2010

Ode ao Teino




Sabe aquela história de que 'treino é treino, jogo é jogo'?

Com corrida é a mesma coisa.

Assim como cada jogo é um jogo e cada dia é um dia,

Cada corrida é uma corrida.

Na corrida, assim como na vida, nada garante que o melhor vença.

Mas preparação, na corrida e na vida, garante que você vença seus limites.

Que você esteja pronto para encarar seus desafios.



E preparação só vem com treinamento.



No mundo da corrida, tem mais perna quem tem mais treino.

Pra quem treina, todo dia é dia. Todo tempo é tempo.



Tempo feio é tempo. Dia frio e dia.

Noite é dia. Chuva é dia. Às vezes, até férias é dia.

Afinal, treino é dia-a-dia. Treino é dia e noite.



Treino é inverno. Treino é verão.

Treino é repetição.



Treino dá confiança. Dá fôlego.

Treino dá perna. Dá pulmão.



Treino é cabeça. E coração.



É no divã do asfalto que você enfrenta seus medos, seu inverno.

É na cadência do treino que se faz verão.



É no treino que se ganha tempo, distância, velocidade.

É no treino que se ganha.

Se a vida é um jogo, entre pra vencer.

TREINE.

sábado, 1 de maio de 2010

O Tao da Física

"(...) Considero a ciência e o misticismo como manifestações complementares da mente humana, de suas faculdades intelectuais e intuitivas. O físico moderno experimenta o mundo através de uma extrema especialização da mente racional; o místico, através de uma extrema especialização de sua mente intuitiva. As duas abordagens são inteiramente diferentes e envolvem muito mais que uma determinada visão de mundo físico. Entretanto, são complementares, como aprendemos a dizer em Física. Nenhuma pode ser realmente compreendida sem a outra; nenhuma pode ser reduzida à outra. Ambas são necessárias, suplementando-se mutuamente para uma compreensão mais abrangente do mundo. Parafraseando um antigo provérbio chinês, os místicos compreendem as raízes do Tao mas não os seus ramos; os cientistas compreendem seus ramos, mas não as suas raízes. A ciência não necessita do misticismo e este não necessita daquela; o homem, contudo, necessita de ambos. A experiência profunda da mística é necessária para a compreensão da natureza mais profunda das coisas, e a ciência é essencial para a vida moderna. Necessitamos, na verdade, não de uma síntese, mas de uma interação dinâmica entre intuição mística e a análise científica" (CAPRA,1995, p. 228.).