"Viva o momento presente!". Parece literatura de folhetim. E até é. Mas ganhou um valor especial para mim nos últimos dias. Ouvi essa frase (não exatamente com essas palavras, mas garantindo o sentido) da última quinta até hoje, em três situações bem distintas e isso começou a me soar como um sinal. Na verdade, como era algo que já vinha me incomodando, (e incômodos, em geral, são boas molas para impulsionar mudanças) me dediquei a refletir mais seriamente sobre o tema. Na quinta-feira última, participei de uma reunião mediada por Brian Bacon, da Oxford Leadership Academy. De sua fala, ficou aquilo que mais me tocou e que deu o título a este post: BE PRESENT. Naquele momento, fiquei de fato presente. E observei todos os colegas à volta, alguns operando seus notebooks, outros enviando mensagens pelo celular e ainda aqueles que olhavam fixamente para o consultor, mas que tinham, por trás dos olhos, inúmeras preocupações que nada tinham a ver com tema que estava sendo naquele momento tratado. Não estou aqui fazendo nenhum juízo de valor, por favor! Até porque, fazendo essa observação do entorno eu tinha em minhas mãos meus dois celulares, sendo que um deles conectado a meus emails que chagavam a todo momento. Senti uma pena de mim naquela hora. Uma pena por tudo o que não tenho vivido por inteiro. E há quanto tempo! No mesmo dia, à noite, como faço na maior parte de minhas quintas à noite, fui à Celebração EntreAjuda, na Igreja dos Capuchinhos. Em sua mensagem, o Frei Alvadi chamou a atenção para o fato de ficarmos tristes com os acontecimentos do passado, ansiosos quanto ao futuro e, por essa razão, estarmos muito pouco presentes. Ah, não! Aqui na igreja isso de novo! Me peguei com a cabeça cheia de preocupações e percebi que também não estava ali. Quer dizer, estava; mas não estava. Estava lá onde minhas preocupações estavam; mas também não estava lá. Que triste isso, não? Por fim, hoje, ao zapear pelos canais da Net, parei para assistir a uma partida do Tenis Master Series. Fiquei presente ao ouvir o comentarista da partida afirmar que Andy Murray era tecnicamente inferior a Federer, mas que errava, sobretudo, por NÃO ESTAR PRESENTE à partida. Não, não pode ser à toa! Isso é definitivamente um sinal! Se o cara perde um milhão de euros por não estar presente a uma partida de tênis, quanto eu, que tenho estado ausente de meus amigos, da minha família, das reuniões que participo, de minhas aulas, das conversas no trabalho, não estou perdendo? Muito mais que um milhão de euros, certamente. Sei que o imperativo dessa nova economia é ser quântico. Estar em mais de um lugar ao mesmo tempo é sinônimo de eficiência. Mas isso é pequeno, triste e egoísta. Dito isso, lanço aqui meu próprio imperativo. Daqui pra frente "QUERO ESTAR PRESENTE!"
Hello world!
Há uma semana