domingo, 23 de agosto de 2009












"Viva o momento presente!". Parece literatura de folhetim. E até é. Mas ganhou um valor especial para mim nos últimos dias. Ouvi essa frase (não exatamente com essas palavras, mas garantindo o sentido) da última quinta até hoje, em três situações bem distintas e isso começou a me soar como um sinal. Na verdade, como era algo que já vinha me incomodando, (e incômodos, em geral, são boas molas para impulsionar mudanças) me dediquei a refletir mais seriamente sobre o tema. Na quinta-feira última, participei de uma reunião mediada por Brian Bacon, da Oxford Leadership Academy. De sua fala, ficou aquilo que mais me tocou e que deu o título a este post: BE PRESENT. Naquele momento, fiquei de fato presente. E observei todos os colegas à volta, alguns operando seus notebooks, outros enviando mensagens pelo celular e ainda aqueles que olhavam fixamente para o consultor, mas que tinham, por trás dos olhos, inúmeras preocupações que nada tinham a ver com tema que estava sendo naquele momento tratado. Não estou aqui fazendo nenhum juízo de valor, por favor! Até porque, fazendo essa observação do entorno eu tinha em minhas mãos meus dois celulares, sendo que um deles conectado a meus emails que chagavam a todo momento. Senti uma pena de mim naquela hora. Uma pena por tudo o que não tenho vivido por inteiro. E há quanto tempo! No mesmo dia, à noite, como faço na maior parte de minhas quintas à noite, fui à Celebração EntreAjuda, na Igreja dos Capuchinhos. Em sua mensagem, o Frei Alvadi chamou a atenção para o fato de ficarmos tristes com os acontecimentos do passado, ansiosos quanto ao futuro e, por essa razão, estarmos muito pouco presentes. Ah, não! Aqui na igreja isso de novo! Me peguei com a cabeça cheia de preocupações e percebi que também não estava ali. Quer dizer, estava; mas não estava. Estava lá onde minhas preocupações estavam; mas também não estava lá. Que triste isso, não? Por fim, hoje, ao zapear pelos canais da Net, parei para assistir a uma partida do Tenis Master Series. Fiquei presente ao ouvir o comentarista da partida afirmar que Andy Murray era tecnicamente inferior a Federer, mas que errava, sobretudo, por NÃO ESTAR PRESENTE à partida. Não, não pode ser à toa! Isso é definitivamente um sinal! Se o cara perde um milhão de euros por não estar presente a uma partida de tênis, quanto eu, que tenho estado ausente de meus amigos, da minha família, das reuniões que participo, de minhas aulas, das conversas no trabalho, não estou perdendo? Muito mais que um milhão de euros, certamente. Sei que o imperativo dessa nova economia é ser quântico. Estar em mais de um lugar ao mesmo tempo é sinônimo de eficiência. Mas isso é pequeno, triste e egoísta. Dito isso, lanço aqui meu próprio imperativo. Daqui pra frente "QUERO ESTAR PRESENTE!"

4 comentários:

  1. Ana, quero estar presente também!

    Enquanto lia o seu post, observei em como não estou presente para mim mesma. Estou no meu corpo para o trabalho, para a faculdade, as vezes para aquelas pessoas que não deviam estar comigo...
    Deixo de estar com as pessoas que merecem e principalmente comigo mesma!
    Obrigada por sua reflexão e por transmiti-la!

    Grande beijo!

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  2. Se tivesse nascido de cesariana...

    Bjo

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  3. Aninha,
    Minha querida vizinha de trabalho.......
    Saiba que é um prazer trabalhar ao seu lado e através deste blog, conhecer um pouco mais de você! Falando em estar presente, não se sinta só neste sentimento, muitas vezes me pego assim. Dias atrás fiquei procurando meu carro no estacionamento quando lembrei que não tinha vindo de carro........como é que eu cheguei ao trabalho meu DEUS!!! E quem nunca se pegou procurando o celular, enquanto se deu conta que estava falando no mesmo? Parece piada, mas fico pensando, que perigo viver assim no automático!
    Precisamos parar de pensar por alguns momentos do dia e apenas sentir para estar presente!

    Um super beijo, Lú

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  4. Se bem que em alguns momentos dá uma enorme vontade de não estar presente, he, he.....nuncaaaaaaaaaaa Anaaaaaaaaaa!!! Bjão

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